Colina ama o Sol
É
para sempre
Dá-lhe
o colo do horizonte
E o
deixa nascer para outra gente
E de
novo e adiante
Hoje
e ontem, incessante.
Vez
espera, vez leva:
Mãe
de monte!
Planta
não ama, paquera
Quer
Sol, sim, respira!
Mas
veja:
Luz
demais também trai, tira a cor.
E
ela hesita...
Passa a flertar com a sombra
E acaba ficando onde está
Suspiros ecoam no ar
Eis a síntese da foto
(no retrato da foto, em síntese!)
Com bicho: é aventura da boa!
Zelo e muito movimento
Há os que se batem por ele
Há os que só querem a lambida
Uns só desejam ficar ...
Para outros não passa de amigo
Havendo os que nem nunca o viram
Em termais além do fundo do mar
(Nem sei se aqui cabe o ciúme...)
Respeito, certamente ô se cabe!
Com gente? É paixão!
Destempero,
Necessidade, teto
Às vezes beirando a renuncia –
Uns tantos se ardem por ele
Outros repassam seus beijos
Alguns meramente o refletem
Vários discretos a seus raios
Há quem só age em função
E muitos que apenas aproveitam
Os que o evitam querendo
E os que fenecem, porém.
Houve quem muito o adorava
No tempo que ficou pra lá
E os que ainda o nomeiam
Nos filhos que trazem pra cá
Enquanto
Há os que o marcam na pele
Uns notam até o jantar
Doutos na fissura física
O querem invadir,
Penetrar
Vencer sua quentura química
Clonar
Suas partes mais ínfimas
Tecer sua energia cromática
Reger
Sua explosiva música
Pequenos dávamos raias,
Olho nariz e palavras
Maiores, entendemos
Seus meios de nos manipular?
Por
vezes o chamamos de Estrela
O rebaixamos
a quinta grandeza
Sei
não, isto não vai prestar!
E se
o Astro big-bangueia?...
O
fato se conta espiando
Quem está,
Seja verde ou carbono
Existe ao sabor da sua teia
Carece do seu abraço videiro
Da sua fotografia
Diária
Até a Lua o brinda, se inclina
Dependendo do ângulo e do ar
O Sol é o amante global
Provedor, predador,
Rei, Rainha
Sim, pode ser veneno.
(menos pra terna colina)
Sem ele nem há o que há! [Marcello Gouvêa Duarte]
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