Mesma Vibe

domingo, 1 de abril de 2012

A Capa da Noite e a Nudez do Dia


A noite eu vi, tem capa
Uma tenda enorme e perfurada.
Sem amarras, sem arrimo,
Lona em redoma em nós, em volta, em tudo.
Estrelas? Furos que deslizam...
A Lua, um rombo em movimento!
Tudo isso é lindo e esquisito. Muito esquisito!
Magia tanta, quanta! E não só por dentro.

Além da tenda, a vida inteira?...
E a luz que vaza pelas fendas?
O que há lá atrás? Depois da noite?
Deus, Sol, galáxias? Matéria escura? Paz?
Só Paz, só mais, só mais o nada?
E a luz que vaza pelas fendas?...

Pensar é dispensar o tempo!?
A noite escapa.

Calma, alma.
De dia é tudo alumbramento
Tudo isso é cisma. Distração, poesia.
Aquela capa? Um rasgo imenso!
Não há redoma... ou fora... ou dentro

O dia é nu, para o tecermos.           [Marcello Gouvêa Duarte]

Nenhum comentário:

Postar um comentário