POEMAS VERSUS POESIAS
Caderno digital para transcrição das idéias literárias do @mdpoeta: Marcello Cláudio de Gouvêa Duarte
Mesma Vibe
sábado, 8 de dezembro de 2012
domingo, 5 de agosto de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
QUENTURA
Compadecemos no frio
Quando o fitamos perverso.
Há alma que não se condoa
Com as criaturas da rua
Soltas a tal cicatriz?
Sim há pior que há
A gélida, mais que ele!
(Que frite...)
Triste o frio quando é notícia.
Mas se em seu vórtice
Há gente,
Frio nos aquece quereres
Range em nós
Necessidades irmãs.
Quando assovia o seu frescor fraterno,
Põem-nos na roda
Qual Genoíno dominó de seres.
Cada peça uma centelha!
Na busca do encaixe térmico
Do número gêmeo
Sim, vamos de humanos,
A nos querer bem perto.
Frio desconserta e congrega
Desencoraja solitários convictos
Aguça o contumaz Don Juan
Liberta ninfas à mania
Leva alter egos
Aos mais internos divãs...
Gela pequenices da ideia
Une casais avessos
E animais ao léu
Frio avizinha
O queremos em teto uno
Cobrir da Lua ao rodapé
Faz-nos pensar em vinho
Em venha
Em “não vá”!
Em nem ir...
O queremos em teto uno
Cobrir da Lua ao rodapé
O banho? De escafandro!
Voltar ao útero... é...
Coisa decente o frio
Quando é poesia
Em imagem em trilha
E em toda a arte à vista
Tomara claras e
Mais bem tecidas linhas
Nos encasule
De sua investida
Mas advinha
O que sucedeu comigo
Flagrei a ponta do seu cachecol
Rabiscando o seu joelho
O frio que me ardia derreteu!
Ficou seu verso
Seu passo certo
A figura do navio em você
Singrando a minha retina.
Uma quentura ...
Marcello Gouvêa Duarte
ENLUAREMOS
… O meio beijo amarelo,
Que a meia lua
Ainda pouco
Colou na boca da noite
Postou-me de cara pra ela –
Enluarei!
Estrelas? Sim!
Coadjuvantemente. [M D]
sexta-feira, 27 de abril de 2012
... NO GUARDANAPO
Há tanto silêncio prá gozar
Tanta
outra astrologia
Tanto
futuro ainda
O dividir
é o sentido
O interior
vem fora (lindo)
Olhar
talvez, talvez pensar
Ferver a
idéia
Mostrar a
história
Juntar,
colar
Ter
amigos, à esmo
Nem que
seja num bar
É um estar
vivo mesmo
Razão
Segredo
Coisa de
Deus, da vida
De outras
vidas
Ou tidas
ou por chegar
Por agora,
temos nós mesmos
Nossos medos
Nossos
beijos
Nossa cada
uma experiência
Nossos
motivos plenos
Nosso
destino aberto
Nossa
sina. [M D]
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